O veterano Charles Sampson, campeão mundial de montaria em touros em 1982, esteve na ativa durante esta temporada onde foi escolhido como embaixador da campanha Be Cowboy da PBR, realizando ações com jovens durante os eventos da entidade.
A campanha Be Cowboy (Ser Cowboy), lançada no inicio deste ano, tem como objetivo mostrar uma imagem positiva do homem do campo, além de incentivar as pessoas a cultivarem seu lado “cowboy”, popularizando o esporte e a marca da PBR.
Sampson foi escolhido para realizar seminários com jovens de 10 a 18 anos durante algumas etapas do Unleash The Beast, principal divisão da PBR. “Eu vejo isso como meu trabalho. Eu amo fazer isso. Eu promovo a PBR, ajudo as crianças e tento conquistar os fãs, um de cada vez”, disse ele após o seminário realizado em outubro, na cidade de Greensboro.
A escolha do ex-atleta de 62 anos para a missão, não foi ao acaso. Além de ser uma das figuras mais respeitáveis e carismáticas do rodeio norte-americano, ele tem uma história de vida inspiradora, no qual ajuda a incentivar os jovens das mais diversas maneiras.
Nascido e criado no subúrbio de Los Angeles, segunda maior cidade dos Estados Unidos, o campeão mundial teve uma infância muito diferente dos habituais cowboys, mas jamais mediu esforços para montar em touros, desde que decidiu que esta era a profissão que queria seguir.
“Amava cavalos e pôneis quando criança e isso me ajudou a ficar longe de problemas e a encontrar uma paixão saudável”, disse. “Eu não era grande o suficiente para jogar futebol e não era inteligente o suficiente para ser médico. Eu só queria ser um competidor em touros”.
As dificuldades e a falta de incentivo de muitas pessoas que tentaram desencorajá-lo não foram suficientes para impedir Sampson de chegar aos grandes rodeios e se tornar o primeiro negro a ser coroado campeão mundial na montaria em touros pela PRCA (Professional Rodeo Cowboys Association), maior e mais antiga entidade do rodeio mundial.
O californiano também faz parte da história do rodeio brasileiro. Charles Sampson foi quem convidou Adriano Moraes a ir pela primeira vez aos Estados Unidos, após tê-lo conhecido em um curso que veio ministrar em Presidente Prudente-SP no ano de 1992, recepcionando e hospedando o brasileiro quando ele chegou por lá.